Você consegue perceber se seu filho sente-se amado por você?

De repente entra um jovem bonito, com uma postura educada e respeitosa: “Como vai a senhora? Desculpe o atraso.” Uma atitude muito bonita para um rapaz de 17 anos que veio ao meu encontro.

Perguntei se tinha noção do que faríamos na sessão. Ele disse que acreditava que eu poderia ajudá-lo a dominar a ansiedade e o estresse. Pensava em seus erros e atrapalhos. Culpava-se e culpava um dos seus genitores por ser reativo.

A conversa fluía sem muitas dificuldades. Ele sentia vontade de falar. Parecia que era a chance de tirar tudo o que apertava o peito e provocava nó na garganta.

Com serenidade e muita lucidez, ele traçou uma linha do tempo. A linha do tempo trouxe falas sofridas, doloridas e fortes, que escutou ao longo dos anos. Sentia-se humilhado e desconfirmado pela família. O sentimento de injustiça e raiva o afastava de seus pais.

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Amizades Problemáticas

Recebi um pedido de escrita com o tema “Amizades Problemáticas”. Achei interessante. Adoro refletir sobre esse tema.

Temos uma tendência a olhar o outro e deixar de nos olhar ou olhar os nossos filhos. Atribuímos a terceiros a mudança de comportamento dos nossos filhos.

Acredito sim que sofremos influências. É evidente que adquirimos hábitos, linguagem, comportamentos quando nos relacionamos com pessoas e ambientes. Isso ocorre com adultos, imagine com crianças e adolescentes.

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Depressão na adolescência

Tenho recebido muitos laudos de adolescentes acometidos pela depressão. É claro que isso gera um efeito imediato em suas relações sociais, familiares e escolares. As consequências da depressão nos jovens aparecem de formas variadas – afinal, cada um apresenta-se em um estágio, de acordo com o grau de gravidade.

As falas são bem recorrentes. Esses adolescentes retratam uma mudança significativa em sua percepção do eu, uma distorção considerável da autoimagem e muita reclusão social. Sentem-se não compreendidos e pressionados.

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E os nossos jovens que estão iniciando a vida sexual precocemente… Como assim?

Percebe-se que os adolescentes estão cada vez mais despreparados para uma vida sexual inicial, não só devido à idade, mas porque recebem muitos estímulos inadequados, levando a uma percepção errada do que é esse momento íntimo.

Os fatores que levam os adolescentes a iniciarem cada vez mais cedo a vida sexual estão relacionados à necessidade de aceitação junto ao grupo em que estão inseridos. Estímulos das séries, filmes e TV, internet e seus inúmeros vídeos de influenciadores e até mesmo a carência familiar, sobretudo do afeto dos pais, podem ser gatilhos para que o sexo aconteça de forma precoce.

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Como ajudar meu filho a estudar para o vestibular?

Tenho um filho adolescente que está com dificuldade em obter rendimento acadêmico…

Essa foi a queixa que recebi de um pai muito preocupado. Ele narra que o filho está no cursinho, muito focado em ter rotina com horas de estudos.

Acontece que o pai percebe que o filho fica horas envolvido com os livros, no quarto fechado, porém não obtém rendimento. E isso tem causado um desconforto enorme nele e em todos os envolvidos com o propósito da aprovação.

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E se fosse meu filho?

Hoje quero falar sobre a dúvida que muitos pais mostram sobre contar ou não contar à amiga ou ao amigo que o filho deles está tendo um caminho inadequado.

Eu não consigo entender que medo é esse em perder a amizade de um adulto. Presume-se que, enquanto adultos, deveríamos ter maturidade para ouvir o que o outro nos traz. Infelizmente, não é isso que vem ocorrendo. Deparamo-nos com pais imaturos no agir e no ouvir.

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A minha vontade de acertar como pai acabou por permitir que ele se sentisse assim (*)

Recebi os pais, que foram pontuais. Percebia que estavam ansiosos pelo encontro. A educação da família vem de berço. Os pais são muito educados, receberam uma educação recheada de valores, ética e princípios e, por isso, Gabriel me encantou. Ele tinha de onde puxar.
Começamos a conversar. Percebi, a cada narrativa, a inquietude na cadeira do pai. A mãe, muito atenta, sempre foi uma fiel companheira da família.
Estava diante de um pai à moda antiga. Desses pais que desejamos muito nos dias de hoje. Aquele pai que coloca regras, que prepara o filho para vida, oferece a vara e ensina a pescar, sabe?

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Não me sinto amado por um dos meus genitores…

De repente entra um jovem bonito, com uma postura educada e respeitosa: “Como vai a senhora? Desculpe o atraso.” Uma atitude muito bonita para um rapaz de 14 anos que veio ao meu encontro.

Perguntei se tinha noção do que faríamos na sessão. Ele disse que acreditava que eu poderia ajudá-lo a dominar a ansiedade e o estresse. Pensava em seus erros e atrapalhos. Culpava-se e culpava um dos seus genitores por ser reativo.

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Educando meninas em pleno século XXI

Na semana passada postei um artigo falando sobre a educação de meninos nos dias de hoje. Agora, quero refletir com vocês sobre o educar meninas em pleno século XXI e com tudo o que ele oferece.

A chegada de uma menina sempre encanta a família. Logo os vestidos e os laços vão aparecendo em seu closet e o incentivo de se enfeitar e portar-se como princesa é discurso certo dos familiares. Mas será que este modelo de ser uma princesa é o ideal nos dias de hoje? E o que é ser princesa? Os pais, focados em seus sonhos e modelos, acabam por impor uma série de caminhos que muitas vezes não irão corresponder ao perfil e desejo da filha.

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