A relação estabelecida com educador é determinante, independentemente da faixa etária. Será que, como pais e educadores, estamos atentos a isso? Já parou para pensar que aprendemos apenas com quem autorizamos? Os professores têm sido autorizados a ensinar seus alunos?
Cada dia mais estamos cientes da importância do estudo acadêmico para os nossos pequenos. Acontece que ter consciência disso precisa ser um fator motivacional para lutar pela convivência saudável no ambiente de sala de aula. E o que temos visto nas escolas? Será que esta autorização e respeito que tanto proporcionam uma educação efetiva têm ocorrido?
Os estudantes, com tantos atrativos atuais, muitas vezes estão desprezando as relações presenciais e não possuem a menor noção da diferença que fará em suas vidas o aprendizado adquirido junto a seus ensinantes, seus professores. Do outro lado, encontramos famílias que não possuem maturidade para promover a relação respeitosa necessária entre a aquisição do conhecimento e seu mediador, o professor.
Sabemos que, em um ambiente conflituoso, não se adquire um aprendizado adequado. E como estão os ambientes de sala de aula?
Percebemos que os ambientes de aprendizagem estão recheados de momentos de desrespeito e desafio à autoridade do professor. E isso ocorre em salas de aula com alunos de nível infantil até com os de nível adulto. Estudantes que não respeitam o ambiente acadêmico e muito menos quem está inserido nele. Uma postura reforçada pela atitude de seus familiares. Famílias que expõem seus ensinantes em discussões em casa, desautorizando quem deveria ter autoridade com seus filhos, nas redes sociais, grupos de WhatsApp.
E como fazer para todos compreenderem que, sem vínculo positivo, o maior prejudicado é quem precisa do conhecimento?
Vamos começar por estabelecer um vínculo de confiança. Você confia na instituição que escolheu para aquisição do aprendizado de seu filho? O professor também precisa confiar na instituição e na credibilidade do alunado. Após a retomada do crédito, regras claras de boa convivência, clareza das ferramentas que proporcionarão o aprendizado e os sistemas de avaliação também ajudarão muito.
Professores, familiares e alunos precisam se sentir confortáveis em expor suas dúvidas. Uma relação respeitosa permite esse movimento. A forma de questionar algo tem que ser em prol do crescimento e não com ares de desconfiança e desaprovação. Ninguém fica bem com apontamentos e julgamentos. É preciso parceria e harmonia.
Outro aspecto essencial é que todos se sintam pertencentes à instituição. Os papéis de cada um são diferentes, mas um complementa o outro. Quando cada um assume o seu papel e juntos estão em constante avaliação e dispostos a uma ação flexível e responsável, todos ganham.
O diálogo é o principal meio desta relação. É através dele que tudo acontecerá a favor da relação que se propuseram a ter. Ensinante e aprendizes estarão interligados e vinculados com essa relação respeitosa. É necessário ter claro que não existirá outro melhor caminho para o entendimento, quando houver uma dúvida, que uma boa conversa.
Observando o quadro atual das relações estabelecidas entre os professores, estudantes e a aquisição do conhecimento… O que temos visto? Onde estão os valores apresentados à figura do professor que encontrávamos tempos atrás?
O mundo mudou. Claro! Muita coisa mudou. As ferramentas de aprendizagem também mudaram. Precisamos atrair os estudantes para o contexto escolar, porém a maneira respeitosa que devemos ter nessa relação não deve mudar. O vínculo respeitoso entre aluno e professor, professor e aluno, familiares e escola, precisa ser estabelecido para obtermos o objetivo principal: a aprendizagem.
Como está a sua relação vincular com a aprendizagem de seu aluno ou de seus filhos? Vamos repensar?