Sou pai/mãe de um menino!

Existe diferença entre a criação de menino e menina? Você já parou para pensar sobre isso? Quero refletir sobre o que temos ensinado aos nossos meninos. São tantos acontecimentos atualmente que percebo as famílias voltadas para a reflexão de qual tem sido a sua colaboração na criação dos filhos.

Falando em meninos posso destacar com tranquilidade que ao receber a notícia da chegada de um garotinho à família, vários comentários já começam a surgir entre os familiares. Comentários que só são feitos ao gênero masculino: “Segurem as cabritas que o bode chegou”; “Mais um sacudo para honrar a família”; “Já temos o nosso time de futebol com esse artilheiro”, entre tantas outras frases de comemoração entre os membros do mesmo sexo da família.

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Será que conheço e continuarei reconhecendo meu filho com o passar dos anos?

Foram vários dias pensando naquela mãe. Vários dias refletindo sobre as suas palavras. Refiro-me à mãe do fã que protagonizou uma cena de novela com uma apresentadora famosa. O que leva uma mãe a ser tão surpreendida com um ato repentino de seu filho? Seria algo repentino ou ignorou os sinais? Quais os “nossos pecados” como pais?

É exatamente esta reflexão que pretendo promover. Um jovem por volta dos trinta anos foi um dia uma criança e um adolescente. Todas as nossas atitudes paternas contribuíram de alguma forma para alertar (porém sem sermos ouvidos), camuflar (omissão) ou exacerbar suas atitudes. Um homem de trinta anos já é capaz de responder por seus atos, mas vamos voltar lá na infância. Não me refiro à infância deste desconhecido, mas irei refletir sobre o nosso papel de pais na infância de nossos filhos.

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Tarefa de casa: qual o seu verdadeiro objetivo?

Escolhi este tema porque percebo pais muito preocupados em como lidar com a tarefa de casa. Afinal, para que servem as tarefas de casa?

Primeiramente, a tarefa de casa é uma oportunidade de permitir o elo entre a família e a escola. Ela apenas ilustra o conteúdo que está sendo trabalhado. Digo “ilustra” porque a tarefa não consegue mostrar toda a riqueza do desenvolvimento do conteúdo realizado pelo professor. A tarefa de casa permite uma avaliação e a acomodação do aprendizado. Através da tarefa, o aluno perceberá se conseguiu apreender e poderá suscitar as dúvidas para a próxima aula.

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Ano novo, vida nova. Será?

Tivemos um ano de 2017 cheio de incertezas e lamentações. Adultos correndo atrás do êxito profissional e financeiro. Instabilidade financeira e emocional. E onde entram as nossas crianças?

O estresse e a impaciência; a pressão e a exaustão; as expectativas e as frustrações perduraram ao longo dos últimos anos e na virada, as comemorações foram recheadas de desejo de um novo ciclo. Um novo ciclo como se tudo ficasse para trás, como um passe de mágica. Como dizem os adolescentes, virada de ano com problemas para trás, só que não. Viramos os anos e continuamos enfrentando as situações, mas com novas esperanças.

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As consequências da pornografia no mundo infantil

É obrigação nossa proteger as crianças da exploração sexual e de todo conteúdo que antecipe uma fase ou as insira em um conceito distorcido sobre sexo. Sabemos que estamos vivendo um mundo onde as músicas, filmes, propagandas, novelas, estão propagando uma sensualidade e uma sexualidade intensa. E o que fazer diante disso?

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A visão de uma criança sobre o outro lado da INCLUSÃO ESCOLAR

Ontem eu recebi no consultório uma criança muito indignada com um fato que ocorreu na escola dela. Com um rico vocabulário e uma organização de ideias coerente, ela relatou um episódio ocorrido entre um aluno e um professor. A sessão tinha outro foco, mas deixei as estratégias preparadas de lado e fui fazer a escuta daquilo que tanto a incomodava.

Ela começou a narrar com uma fala corporal e oral tão forte de indignação que me prendeu a atenção completamente. “Tia, você acha que uma criança agressiva, só porque a escola fala que ela é diferente, pode fazer tudo? Acredita que meu colega bateu no professor? ”

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Como ajudar as meninas com a chegada da menstruação

Tia Fabíola, eu estou sangrando. Estou com medo. Não queria que tivesse acontecido isso comigo. Sinto dores na barriga. Minha roupa está suja e estou com vergonha dos meus colegas. Quero ficar com você.”

Assim começou minha manhã após o período de recesso pascal. Uma criança de 10 anos muito assustada com a nova realidade: transição da puberdade para a adolescência.

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