“Mamãe, eu estou com medo…”

Esta foi a frase que ouviu de uma linda menina de 11 anos, cursando o 6º ano do Ensino Fundamental II. Ela estava se mostrando muito frágil diante do desafio desta nova etapa. Estava com medo do novo, dos desafios. Sentia-se completamente incapaz de vencer. E isso promovia uma sensação de que seu mundo desmoronasse às 7h30 da manhã.

E como agir com nossos filhos diante do medo e da insegurança de uma vida que se apresenta em vários ciclos? E lembrando que estes vários ciclos não trarão certeza de sucesso, mesmo dedicando-se com muito esforço? A criança apresentou uma crise e a família entrou em crise. “O que faço?”, dizia a mãe, com um olhar arregalado, como se me pedisse socorro.

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Criança furta? O que fazer quando a minha criança chega em casa com algo que não é seu?

Existe uma fase na vida da criança em que ela sente a necessidade de saciar seus desejos: a fase do eu; do “tudo é meu”. É exatamente neste período que, muitas vezes, ela leva para casa algo que não lhe pertence: uma boneca da coleguinha, um apontador, um enfeite de cabelo, um carrinho. O primeiro alerta que quero fazer é que ela não possui nenhuma noção de FURTO e, diante disso, devemos deixar de lado o nosso desespero recheado de medos e julgamentos e agir com naturalidade.

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Vamos falar de Educação Infantil: construção do desenvolvimento da consciência humana

A Educação Infantil surgiu de uma necessidade das mães trabalhadoras em deixar seus filhos enquanto trabalhavam. Diante do resultado do desenvolvimento das crianças que estavam inseridas nas escolas infantis e as que não tiveram a mesma oportunidade de integração, constataram-se os benefícios de inserção da criança desta faixa etária ao ambiente escolar.

Desta forma, o trabalho com a Educação Infantil foi se profissionalizando. As educadoras com formação inicial em magistério, passaram a buscar a graduação em pedagogia e com isso, a formação foi dando um novo rumo para as crianças que, a princípio, tinham apenas o objetivo de buscar um espaço lúdico descompromissado.

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“Não” é “não”. Seu filho sabe ouvir não?

É muito comum encontrar famílias com relatos de dificuldades de falar não para os filhos. Os filhos, percebendo a insegurança dos pais ao pronunciarem o não, encontram a brecha necessária para dificultar a negativa dos seus desejos e caprichos. Um não precisa ser mantido. Um não que se transforma em talvez e depois um sim, gera uma sensação de sempre poder dar um jeitinho e conseguir o que quer. Pensar antes de dizer um não é essencial. A criança precisa perceber que os pais são coerentes. Regras claras são essenciais para que seu filho vá aprendendo o que pode e o que não pode. Os filhos aprenderão quais são os valores e as normas da família, por exemplo: “Nem vou pedir para dormir na sua casa, amiga, porque meus pais não permitem que eu durma fora”.

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O WhatsApp invadiu o ambiente escolar

Desde que surgiu mais este recurso digital, as escolas precisaram aprender a lidar com os benefícios e malefícios gerados por ele. Uma rede que proporciona contatos e trocas de ideias e informações. Surgiram grupos de família, trabalho, colegas das antigas, vizinhos e até mães e pais da escola dos filhos. Inicialmente com a alegria de reviver velhas histórias, aproximar parentes e criar vínculos com as mães dos amigos dos filhos. Até aí parece tudo natural e normal.

Na mesma rapidez que chegou, trouxe a dependência de muitos. E como tudo que é novo em nossas vidas, percebemos o desequilíbrio de várias pessoas em utilizar esta ferramenta de forma saudável. A ausência de regras e muitas vezes a falta de bom senso começou a gerar um certo desconforto nos membros que participam dos grupos diversos. Relatos de desavenças familiares e afastamentos de amigos são bem comuns após esta novidade de aproximação.

E como isso afetou a instituição escolar?

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Vínculos afetivos: fonte de energia para o crescimento saudável

Desde que nascemos, experimentamos as alegrias e as tristezas construídas sempre em meio aos vínculos afetivos. Ao nascermos, somos “capturados” do ventre da mãe, nosso primeiro vínculo ocorre no ambiente intrauterino, para o mundo externo já recheado de pessoas sedentas pelas relações afetivas. A ruptura traz o choro, o choro traz o colo, o colo traz o aconchego, o aconchego traz as gracinhas familiares, que trarão a alegria. E assim se inicia o primeiro vínculo familiar afetivo. Os vínculos geram as emoções. As emoções trazem aprendizados. Os aprendizados trazem o apego. O apego afetivo passa a ter sentido de vínculo, pertencimento.

Assim como a alimentação, o afeto é o alimento vital para os bebês. Sem alimento, a criança morre; sem afeto, também se torna difícil sobreviver. E por que descuidamos tanto dos vínculos nos dias atuais?

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AGORA TUDO É BULLYING!

A cada dia que passa, fico impressionada como somos vulneráveis aos termos. Vocês já observaram o quanto o termo bullying tem sido usado no mundo todo e a quase todo momento?

Bullying são ações maldosas e repetitivas, feitas por uma ou mais pessoas. Se são ações intencionais e repetitivas, um fato isolado não pode ser considerado bullying. Fatos corriqueiros da fase de crescimento também não são bullying. E por que agora alguns pais recorrem à escola por quaisquer motivos e utilizam essa palavra?

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Terror noturno: o que é isso?

Entre inúmeras causas do comprometimento escolar deparamos com crianças que não conseguem obter rendimento durante a aula por viverem episódios de terror noturno. Mas, afinal, o que é isso? Terror noturno é um distúrbio do sono que pode acometer bebês, crianças, adolescentes e adultos. Compromete significativamente a qualidade do descanso noturno, trazendo cansaço e mal-estar ao longo do dia.

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O papel dos avós dentro do contexto familiar

Diante de tanta mistura de sentimentos entre pais, filhos e netos, resolvi escrever sobre o papel dos avós na vida familiar. Sempre ouço a queixa de mães que relatam que suas mães estão estragando seus filhos. Algumas se mostram assustadas ou enciumadas dizendo que a mãe é para a sua filha o que não foi para ela. Isso me mobiliza e me instiga a um posicionamento. Continue lendo “O papel dos avós dentro do contexto familiar”