Como incomoda nossos jovens o sobrepeso. Acontece que a adolescência é a fase dos extremos. E entre as muitas mudanças que enfrentam, inclui-se a mudança de apetite.
É uma fase na qual crescem muito, um excesso de hormônios trabalhando, muita interferência externa na cabecinha deles e bastante pressão.
A cobrança inicia internamente, depois vem da própria família, que fica observando a necessidade de emagrecer, e, depois, as comparações com o padrão que a sociedade impõe.
Tenho um filho adolescente que está com dificuldade em obter rendimento acadêmico…
Essa foi a queixa que recebi de um pai muito preocupado. Ele narra que o filho está no cursinho, muito focado em ter rotina com horas de estudos.
Acontece que o pai percebe que o filho fica horas envolvido com os livros, no quarto fechado, porém não obtém rendimento. E isso tem causado um desconforto enorme nele e em todos os envolvidos com o propósito da aprovação.
Todos os dias, eu tenho a oportunidade de estar com famílias, adolescentes e crianças. Falamos sobre questões variadas: comportamento individual, comportamento coletivo, ações familiares e questões emocionais.
Tenho sempre uma escuta atenta. Afinal, amo estar com pessoas e sou uma ouvinte treinada.
Tenho me incomodado com a impaciência das pessoas em relação aos processos ligados à evolução. Eu costumo dizer que trabalhar com pessoas é muito diferente de “bordar boné”: programa o desenho, liga a máquina de bordar e pronto! Saiu errado? Desmancha e refaz. Tudo em poucos minutos.
Hoje quero falar sobre a dúvida que muitos pais mostram sobre contar ou não contar à amiga ou ao amigo que o filho deles está tendo um caminho inadequado.
Eu não consigo entender que medo é esse em perder a amizade de um adulto. Presume-se que, enquanto adultos, deveríamos ter maturidade para ouvir o que o outro nos traz. Infelizmente, não é isso que vem ocorrendo. Deparamo-nos com pais imaturos no agir e no ouvir.
O designer e empresário Mark Zadvinskis publicou no site da Higher Grounds texto apresentando o estado atual da discussão sobre a transposição de livros didáticos para tablets nos EUA.
A discussão passa pela popularização crescente do uso de tablets em substituição aos computadores e pelo aumento significativo da comercialização de livros eletrônicos. Nos EUA, mais de mil editoras estão substituindo grandes e pesados livros de papel por livros digitais embarcados em dispositivos móveis. Numa rápida descrição, Zadvinskis apresenta a evolução das práticas e recomendações oficiais para uso de livros eletrônicos nas escolas, desde 2011.
A rápida evolução e disponibilidade de banda larga de alta velocidade e a integração de recursos tecnológicos nos ambientes escolares faz educadores imaginando a obsolescência dos livros didáticos de papel já para a próxima década.
Quanto aos custos, os livros eletrônicos e os dispositivos tendem a cair de preço, de modo que o preço total de livros mais dispositivos fiquem abaixo do conjunto de livros de papel. Uso de papel, tintas, impressoras, transporte, combustíveis, armazenamento, perda de estoques levantam a discussão sobre a possível redução de impactos ambientais, com significativo ganho coletivo.
Em defesa da adoção de livros eletrônicos em tablets, Zadvinskis lembra ainda a facilidade de atualização dos conteúdos e lista vantagens para os professores e para os alunos.
A Universidade Federal de Sergipe, por meio de seu Programa Editorial, abriu inscrições para publicações de 30 livros digitais nas linhas editoriais de obras técnico-científicas, didáticas e literárias; 25 dos livros estão reservados à Comunidade Acadêmica da UFS (Professores, Técnicos Administrativos em Educação e Discentes) e 5 livros serão da comunidade externa.
A atual pandemia de coronavírus ampliou o debate sobre o acesso à tecnologia para escolas, professores e estudantes. Ela também reforçou a ideia de que o ensino híbrido deverá fazer parte da realidade da educação após a quarentena e retorno das aulas presenciais.
O ensino híbrido, ou blended learning, é a metodologia que combina aprendizado on-line com o off-line – ou seja, integrando a Educação à tecnologia, que já permeia tantos aspectos da vida dos estudantes.
As tecnologias digitais estão cada vez mais presentes em nossas vidas, alterando a forma que consumimos, produzimos e nos relacionamos. E está, também, mudando a forma como aprendemos e ensinamos.
Segundo o renomado filósofo francês e especialista em desenvolvimento humano, Pierre Levy, vivemos a “quarta revolução da comunicação”, que, impulsionada pela vida digital, altera o modo como aprendemos e consumimos informação. Nesse contexto, o livro digital é um importante avanço. Assim, a escola precisa se modernizar a fim de acompanhar a evolução dos usos, dos costumes e da cultura da sociedade.
Diante disso, quais as diferenças pedagógicas dos livros digitais em relação aos impressos?
A forma como aprendemos e consumimos conteúdo mudou. De acordo com especialistas da área, os cérebros das crianças que nascem na era digital são moldados de uma maneira diferente daquelas pessoas que chegaram ao mundo ainda na era analógica. Como consequência, novos métodos e ferramentas de ensino-aprendizagem são extremamente necessários.
Precisamos de instrumentos que tornem o aprendizado significativo para os estudantes, entendendo que eles aprendem coisas diferentes e de formas diferentes, como, por exemplo, por meio de recursos tecnológicos, games, experiências imersivas e interativas que estimulem as competências e habilidades relevantes para se viver no século XXI.
Pense como era a realidade há 20 anos. Smartphones foram ganhando força como telefone; e-mail era tecnologia em ascensão, eliminando a necessidade de agenda de papel e permitindo uma nova conectividade. Para se acessar a Internet, ainda era necessário um computador. Siri, Twitter, Snapchat, Facetime e Realidade Virtual eram, na melhor das hipóteses, reflexões fantásticas, e muitas vezes coisas de ficção científica.