Somos uma família, papai

Cansada de ver os pais em conflito, percebendo o clima existente entre os pais, Laura resolve agir. Em uma atitude inesperada e repentina, a pequena menina de 3 anos pega na mão da mãe e a leva até o pai. Une as mãos dos pais às dela e diz: “Nós formamos uma família. Não briguem. ”

O que levou essa criancinha a agir assim? Com certeza, ela já tem bem arraigado o conceito de família. Com certeza, também, é uma criança que conhece o amor através dos próprios pais. Percebendo que a harmonia estava comprometida, saiu em uma ação pró-ativa espetacular e neutralizou o clima. Fez com que os pais parassem para pensar sobre o que estava acontecendo e se realmente era esse o caminho.

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Encarando a pedofilia. Como entender e prevenir?

Todo dia o assunto vem à tona. Parece que os casos aumentaram. Será? As notícias circulam mais e chegam os casos até os nossos ouvidos/lares. Acontece que cada vez mais nos assustamos com ocorrências graves de abuso sexual de crianças. Percebo pessoas confusas pela maneira como o assunto é tratado nos veículos de comunicação.

Muitos estudos já foram e têm sido feitos a respeito. O desejo de se compreender o fenômeno da pedofilia tanto do ponto de vista biológico quanto do social é intenso. Baseada em minha monografia do curso de Terapia de Família e Casais e nos atendimentos que tenho feito cujo tema foi esse, proponho um pensar sobre as consequências emocionais, sociais e físicas que milhares de crianças sofrem anos a fio.

Começo por alertar que o abusador pode estar ao lado, mas que também nem todo abusador é um pedófilo, e nem todo pedófilo é um abusador. Confuso? Vamos lá!

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Ano novo, vida nova. Será?

Tivemos um ano de 2017 cheio de incertezas e lamentações. Adultos correndo atrás do êxito profissional e financeiro. Instabilidade financeira e emocional. E onde entram as nossas crianças?

O estresse e a impaciência; a pressão e a exaustão; as expectativas e as frustrações perduraram ao longo dos últimos anos e na virada, as comemorações foram recheadas de desejo de um novo ciclo. Um novo ciclo como se tudo ficasse para trás, como um passe de mágica. Como dizem os adolescentes, virada de ano com problemas para trás, só que não. Viramos os anos e continuamos enfrentando as situações, mas com novas esperanças.

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As consequências da pornografia no mundo infantil

É obrigação nossa proteger as crianças da exploração sexual e de todo conteúdo que antecipe uma fase ou as insira em um conceito distorcido sobre sexo. Sabemos que estamos vivendo um mundo onde as músicas, filmes, propagandas, novelas, estão propagando uma sensualidade e uma sexualidade intensa. E o que fazer diante disso?

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A visão de uma criança sobre o outro lado da INCLUSÃO ESCOLAR

Ontem eu recebi no consultório uma criança muito indignada com um fato que ocorreu na escola dela. Com um rico vocabulário e uma organização de ideias coerente, ela relatou um episódio ocorrido entre um aluno e um professor. A sessão tinha outro foco, mas deixei as estratégias preparadas de lado e fui fazer a escuta daquilo que tanto a incomodava.

Ela começou a narrar com uma fala corporal e oral tão forte de indignação que me prendeu a atenção completamente. “Tia, você acha que uma criança agressiva, só porque a escola fala que ela é diferente, pode fazer tudo? Acredita que meu colega bateu no professor? ”

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“Eu tenho um filho líder.” Será?

No momento que vivemos de estímulos exagerados, empurrando nossas crianças para a vida social, muitas vezes confundimos atitudes egoístas, birrentas, cheias de empáfia e exibicionismo com liderança.

Ao observar uma criança em um parque público, consegui ver, no semblante dos pais, a satisfação em ver seu filho “interagindo” com as outras crianças. Interagindo ou exigindo? Muitas vezes, exigindo obediências ao que ele propunha como brincadeira. Propunha ou mandava? Na verdade, os pais não percebiam que seu filho estava exercendo um autoritarismo desmedido e passava longe de ser um líder do grupo.

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Não temos controle sobre nada, certo? Como preparar a sua criança para essa realidade?

Recebi um pai aflito por perceber que o filho tem experiências virtuais inesperadas. E para piorar, o filho se decepcionou. A criança tinha a impressão de que podia controlar suas ações e as ações do outro e deparou-se com a fragilidade ao perceber que não controlamos nada e muito menos alguém.

Pai e filho inertes na minha frente, buscando ajuda para lidar com a frustração. Pai, pela decepção de se perceber alheio ao que o filho fazia. Criança, apavorada por se ver refém de outra pessoa. Como ensinar a eles que a vida prega esta peça: pensamos que dominamos tudo, mas na verdade, não controlamos nada?

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Preconceito: onde ele inicia?

Ouvir sobre ações preconceituosas, infelizmente, virou rotina nos ambientes sociais: família; igreja; escolas. Não há um único dia que não nos deparemos com frases, piadas e ações de exclusão e exposição. As inúmeras campanhas televisivas, digitais, projetos de conscientização sobre o bullying, leis criadas para coibir ainda não impediram atos tão dolorosos e maldosos. E qual a origem disso?

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