“Estão dizendo que eu tenho que ser feliz, mas eu não sei o que é felicidade!” Imagina começar o dia com essa abordagem de uma adolescente. Parei por uns minutinhos para tentar entender o que ela havia me dito. Depois de uma longa respiração, perguntei a ela quem anda dizendo para ela ser feliz e, em seguida, o que ela entende por felicidade. Acreditei que assim eu entenderia o contexto.
Nicole (nome fictício) me olhou com uma fome de compreensão que até me sensibilizou. Não demorou para ela começar a falar. “Sabe, Fabíola, eu acho que existem poucas pessoas felizes. Esse povo está é perdido e não sabe ser feliz!” Nicole falou isso com tanta convicção que até me aproximei. A fome de compreensão passou a ser minha. Pedi que ela continuasse a falar.