“Eu prefiro amigos virtuais, Fabíola!”

Assim começou o diálogo com uma jovem de apenas 12 anos. Como assim prefere amigos virtuais? Ela tem amigos virtuais aos 12 anos? Preocupei. Grudei meu olhar nela e prestei atenção em cada palavra. Ela prefere amigos virtuais, mas estava aqui comigo sedenta de vontade falar e adorava quando eu a tocava.

A narrativa foi longa. Ela não se cansava. Ofereci água para ver se tinha uma pausa, porém a danadinha falava sem parar. E o que tanto falava? Então, estava confusa. Embora iniciara com a fala afirmando que preferia amigos virtuais, na verdade, sentia-se tão sozinha e desejosa de ter amigos presenciais. Pode isso? A maior queixa era a perda da confiança das amigas. Não conseguir lidar com o afastamento.

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