Não venho aqui discutir a política em si, mas trago reflexões sobre o comportamento apresentado durante as eleições. Algumas “feiuras” e alguns comportamentos elegantes. Infelizmente a “feiura” foi maior.
Sabemos que os nossos filhos aprendem muito pelo exemplo. E o exemplo dado por alguns adultos durante o processo eleitoral deixou bastante a desejar.
Que possamos retomar esta situação com reflexões produtivas, buscando resgatar valores e princípios. Retomando o rumo da formação humana dos nossos filhos.
O primeiro ponto importante é refletirmos sobre a necessidade do respeito. Independentemente da escolha partidária, o respeito à pessoa e a sua escolha está acima de tudo. Podemos sim estar ao lado de quem pensa diferente. É muito possível conviver com escolhas diferentes. Hostilizar, humilhar e ofender, nem de longe, são ações aceitáveis. Não pode virar uma prática a quem se opõe ao que o outro pensa.
É preciso ensinar, também, que para chegarmos a uma escolha, é preciso estudar. Analisar as propostas, conhecer a equipe e a biografia do candidato é fundamental para não agirmos por influência.
Entender que este processo traz aprendizados para nossa vida fará muito sentido ao jovem. Ele passará a exercitar estes passos para a escolha de amigos, trabalho, companheiras, enfim, aprenderá que, para escolher, precisa conhecer.
Investir na cultura da empatia e do amor é imprescindível para não permitir a entrada na cultura do ódio e rejeição.
Neste período, vimos famílias se dividindo e se tornando inimigas. E nossos jovens assistindo a cada passo nosso. Por que nos permitimos envolver a este ponto? Por que as escolhas não podem ser individuais?
Foram nítidos alguns movimentos dos adolescentes: uns admirados e até incrédulos; outros comprando o discurso familiar ou de uma referência e outros dispostos à confusão.
Com isso, todos nós perdemos a chance de crescer, amadurecer e evoluir neste processo.
Que possamos resgatar esta situação a tempo de nossos jovens se estruturarem para um futuro próximo, aproximadamente 4 anos, para exercer a sua cidadania saudavelmente.
As eleições não passaram. Ainda não. Por quê? Porque ainda está latente nas discussões familiares e sociais.
Se queremos um país harmonioso e próspero, temos que investir em nossos jovens. E a hora é agora. Retome a discussão em família a partir da correção da rota. Não faça vistas grossas para situação. Se fingirmos que nada aconteceu, eles seguirão com o comportamento aprendido. E, infelizmente, repetirão muitas feiuras.
Pense nisso!