O que fazer quando os filhos se afastam?

Sinto tantas angústias dos pais sobre o mundo que o adolescente cria que resolvi escrever. É natural os adolescentes, inconscientemente, acreditarem que, para adquirir uma identidade, precisam se isolar da família e buscar grupos que tenham os mesmos interesses, ou que sejam irreverentes e em que tentam se encaixar. É como se tivessem que pertencer a um determinado estilo de vida para se colocarem frente ao mundo como seres crescidos.

         Os pais se assustam com esse movimento e acabam por entrar em confronto questionando, esbravejando, punindo em vez de buscar entender o que está acontecendo. Estabelecem monólogos quilométricos de “pagação de sapo”, sermões sem fim, sem ao menos dar a chance de compreender o que desejam.

         O que fazer quando perceberem que aquela criança está crescendo e se afastando?

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Quero meu filho de volta à vida real. Chega de relações só virtuais!

Todos os dias, recebo mães assustadas com a quantidade de horas que os filhos passam conectados com a tecnologia. Filhos com dificuldades nas relações sociais presenciais, mas totalmente entregues às relações virtuais.

Mães descrentes de tanto alertar e de procurar ajudar os filhos e exaustas pela falta de êxito.

O que está acontecendo com os nossos jovens?

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Amizades Problemáticas

Recebi um pedido de escrita com o tema “Amizades Problemáticas”. Achei interessante. Adoro refletir sobre esse tema.

Temos uma tendência a olhar o outro e deixar de nos olhar ou olhar os nossos filhos. Atribuímos a terceiros a mudança de comportamento dos nossos filhos.

Acredito sim que sofremos influências. É evidente que adquirimos hábitos, linguagem, comportamentos quando nos relacionamos com pessoas e ambientes. Isso ocorre com adultos, imagine com crianças e adolescentes.

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Reprovação no período do Ensino Médio: como enfrentar?

Quando o adolescente já se encontra na fase final do período escolar, anterior ao voo para universidade, uma reprovação é sempre muito difícil para ele enfrentar. Por mais que retrate a consequência de ausência de dedicação, fatores emocionais ou uma grande dificuldade de aprendizado, mesmo com a presença de qualquer motivo que aparentemente justifique, ele sente profunda chateação e frustração.

Para o adolescente, a reprovação, além de trazer o desgaste de se ter que fazer novamente o ano escolar, a perda do grupo de amigos gera um receio enorme, por medo de perdê-lo, um sentimento de vergonha e receio de não ser aceito no novo grupo em que será introduzido no ano seguinte.

Com isso, a possibilidade de surgir o desejo de abandonar o mundo acadêmico fica latente nesse adolescente.

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Sou pai/mãe de um menino!

Existe diferença entre a criação de menino e menina? Você já parou para pensar sobre isso? Quero refletir sobre o que temos ensinado aos nossos meninos. São tantos acontecimentos atualmente que percebo as famílias voltadas para a reflexão de qual tem sido a sua colaboração na criação dos filhos.

Falando em meninos posso destacar com tranquilidade que ao receber a notícia da chegada de um garotinho à família, vários comentários já começam a surgir entre os familiares. Comentários que só são feitos ao gênero masculino: “Segurem as cabritas que o bode chegou”; “Mais um sacudo para honrar a família”; “Já temos o nosso time de futebol com esse artilheiro”, entre tantas outras frases de comemoração entre os membros do mesmo sexo da família.

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Meu filho tem sido provocado na escola

1ª Cena

– “Boa tarde, filho. Como foi a escola?

Mamãe, me tira desta escola. Eu não quero ver ninguém de lá mais. Os garotos estão rindo de mim por causa do meu tênis. Eu vou jogar este tênis fora.

Mas filho, você desejou tanto este tênis. Seu pai trouxe da última viagem para agradar você.

Mãe, o eu gosto do tênis, mas virei piada na escola por causa dele.“

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“Eu tenho um filho líder.” Será?

No momento que vivemos de estímulos exagerados, empurrando nossas crianças para a vida social, muitas vezes confundimos atitudes egoístas, birrentas, cheias de empáfia e exibicionismo com liderança.

Ao observar uma criança em um parque público, consegui ver, no semblante dos pais, a satisfação em ver seu filho “interagindo” com as outras crianças. Interagindo ou exigindo? Muitas vezes, exigindo obediências ao que ele propunha como brincadeira. Propunha ou mandava? Na verdade, os pais não percebiam que seu filho estava exercendo um autoritarismo desmedido e passava longe de ser um líder do grupo.

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Preconceito: onde ele inicia?

Ouvir sobre ações preconceituosas, infelizmente, virou rotina nos ambientes sociais: família; igreja; escolas. Não há um único dia que não nos deparemos com frases, piadas e ações de exclusão e exposição. As inúmeras campanhas televisivas, digitais, projetos de conscientização sobre o bullying, leis criadas para coibir ainda não impediram atos tão dolorosos e maldosos. E qual a origem disso?

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