E se fosse meu filho?

Hoje quero falar sobre a dúvida que muitos pais mostram sobre contar ou não contar à amiga ou ao amigo que o filho deles está tendo um caminho inadequado.

Eu não consigo entender que medo é esse em perder a amizade de um adulto. Presume-se que, enquanto adultos, deveríamos ter maturidade para ouvir o que o outro nos traz. Infelizmente, não é isso que vem ocorrendo. Deparamo-nos com pais imaturos no agir e no ouvir.

Acredito que, sendo pais unidos em ações e parceria, conseguiríamos conter muitas atitudes dos jovens atuais.

A cada dia, presencio relatos de crianças e adolescentes, sem nenhum preparo emocional, tendo contato com bebidas, cigarros,  bullying coletivo,  iniciação sexual, desrespeito ao próprio corpo e ao próximo.

E muitos adultos presenciando e a única atitude que têm é tentar, pois estão com dificuldade de exercer autoridade sobre o filho, afastar o filho da situação e ignorar ajuda aos “filhos dos outros”.

Acredito que, se pensássemos mais na coletividade, coibiríamos estas ações curiosas e perigosas da adolescência, gerando um conjunto de ações dos pais com orientações, diálogos e monitoramento.

Crianças e adolescentes precisam ser monitorados. Eles são incentivados à autonomia e independência, mas isso sob a nossa tutela.

Um alerta que faço, através das minhas escutas atentas, é que desejamos muito colher comportamentos que não ensinamos.

O que você quiser em relação ao seu filho, comportamentalmente, ensine. Ensinar requer paciência, perseverança e persistência.

Sei que é exaustiva esta missão, mas não existe outra forma.

Os perigos estão aí, nas mãos (celular), no computador em casa, nos condomínios, no shopping, na família, no esporte, na igreja, em todo lugar. Não é privando-o de sair que o protegeremos. É orientando para que saiba dizer não, confiar nos pais em qualquer situação e escolher bem a que grupo irá pertencer.

Sobre pertencimento, falarei em breve. É muito importante estarmos atentos a essa necessidade dos nossos jovens.